Já faz um tempo que circulam entre nós livros e artigos que tratam teologicamente da relação entre religião e economia. Textos que analisam a dinâmica do mercado e, em especial, a forma como o neoliberalismo eleva o mercado à condição de ídolo. Também há livros que tratam de teologia e sexualidade, o campo que vem primeiro à nossa mente quando falamos de desejo. Mas, juntar desejo, mercado-economia e religião não é tão comum.  Por isso, este livro assume explicitamente um caráter de ensaio, de uma tentativa de aproximação da lógica que interliga estas três palavras.

Jorge Pinheiro, cientista da religião, analisa neste livro porque o protestantismo tem dificuldades para o diálogo com as culturas brasileiras. Mas sua hipótese central é o da possibilidade do diálogo protestante com a multiculturalidade brasileira e, mais ainda, de que o protestantismo pode jogar um papel positivo e transformar na história do Brasil. E para demonstrar tal possibilidade, faz o caminho na contramão da dogmática oficial, deixando de lado autores e textos que se tornaram canônicos na metafísica protestante, procurando através de textos e autores pouco estudados ou desconhecidos, construir um caminho inclusivo, de diálogo, com as brasilidades. E, assim, por meio da filosofia, da antropologia e da sociologia da religião, nos apresenta uma leitura inédita e criativa da religião protestante no Brasil.

Em Devaneios da Vestal, Claudineia Teixeira Santana convida-nos a um passeio pelo universo de vivências, dilemas e dissabores daqueles que se rendem aos sentimentos. Faz reflexões e, por que não dizer divagações acerca dos pensamentos e ocorrências que permeiam a rotina de muitas mulheres que, assim como Vestal, são deusas a sua maneira. Nesse compilado de textos, ela nos toca intimamente ao abordar temas que de tão comuns e normais não são discutidos; outros tão profundos e obscuros que não ousamos despertar. Devaneios da Vestal “joga na cara” certas verdades, afinal, o óbvio também precisa ser dito!