No decorrer do texto, podemos observar com clareza o paralelo entre os dois testamentos bíblicos. Qualquer bom teólogo que venha relatar algum dos aspectos — político, histórico ou teológico — do Novo Testamento deve atentar-se, inescapavelmente, ao Antigo Testamento. Embora muito tenha sido escrito, por diversos mestres, sobre teologia, Escritura e suas nuances, chama a atenção o vasto arcabouço de literatura paralela à Bíblia usado pelo autor. Por óbvio, não poderia ser diferente, tendo em vista as lacunas deixadas pelo tempo e pela história, às quais a Bíblia não pôde se ater, mas para as quais referências bibliográficas podem servir como auxílio e, por vezes, como base primordial. No caso desta última situação, o leitor precisa estar despido, pelo menos em algum nível, de pressupostos teológicos fundamentalistas, pois, neste ensaio, é com essa bagagem histórica e teológica — separando com destreza e imprescindibilidade um elemento do outro — que o autor nos leva a uma reflexão singular sobre os tópicos propostos no título.

Nós acreditamos que ao falarmos em arqueologia, certamente despertaremos curiosidade em qualquer pessoa, pois, provavelmente, já se imaginaram em algum momento estudando, pesquisando ou até participando de expedições arqueológicas.

Como começar esse projeto de libertação e de luta pela vida e promessa de Deus? No afã da resposta, logo nos lembramos do nome de Moisés, o herói do êxodo. No entanto, urge ressaltar, que a narrativa bíblica nos apresenta também o esforça, a coragem e, dessa forma, a grande contribuição por parte das mulheres nesse processo. Por que não dizer, as heroínas do êxodo? Por meio delas a vida e a missão de Moisés foram possíveis.

Entre as igrejas cristãs tradicionalmente tem prevalecido uma abordagem legalista e moralista da sexualidade na Bíblia. O enfoque tradicional buscou definir dentro da sexualidade aquilo que seria (ou não) “pecado”. Em geral, essa associação entre pecado e sexualidade não leva em consideração as diferenças históricas entre aqueles que formularam os textos bíblicos e a vida nos dias de hoje. No entanto, a leitura científica mostra que não há um modelo de sexualidade na Bíblia. Também é possível verificar que nem sempre os textos bíblicos têm a intenção de “regulamentar” a sexualidade. No que tange às normas bíblicas sobre sexualidade, estas nunca poderiam ter considerado mudanças recentes, tais como a emancipação feminina, a predominância de relações sexuais que não visam à procriação, a busca cada vez menor de geração de filhas (os) e a maior visibilidade das relações homossexuais