Descrição
André Musskopf percorre os debates sobre religiosidade e sexualidade no Brasil, desde os tempos coloniais e situa muito bem o leitor nas discussões sobre o mesmo tema em contextos de fala inglesa, apresentando os referenciais e limites das teologias homossexuais e da teologia queer, identificando a negação e prescrição dessas preocupações nos contextos latino-americanos. Recorre, naturalmente, ao pioneirismo de Marcela Althauss-Reid, teóloga argentina recentemente falecida e recupera magistralmente o conceito de ambiguidade em Simone de Beauvoir, Paul Tillich e Ivone Gebara, um dos mais importantes conceitos teológicos a serem explorados hoje.
A partir de histórias cotidianas e de pessoas reais, propõe a tríade “ocupar, resistir, produzir” e nos brinda com magistral avaliação das “flechas perturbadoras” de Frida Kahlo.
Naturalmente, há de demorar certo tempo para que as lideranças eclesiásticas ou professores/as de seminários consigam digerir a ousada proposta do autor, por tratar-se realmente de algo inovador, transcendente às preocupações de crescimento de Igreja e “identidade institucional”.
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